sexta-feira, 24 de julho de 2009

Como endireitar um esquerdista

post by melissa

Ser de esquerda é, desde que essa classificação surgiu na Revolução Francesa, optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social, inconformar-se com toda forma de injustiça ou, como dizia Bobbio, considerar aberração a desigualdade social.

Ser de direita é tolerar injustiças, considerar os imperativos do mercado acima dos direitos humanos, encarar a pobreza como nódoa incurável, julgar que existem pessoas e povos ntrinsecamente superiores a outros.
Ser esquerdista - patologia diagnosticada por Lênin como "doença infantil do comunismo" - é ficar contra o poder burguês até fazer parte dele. O esquerdista é um fundamentalista em causa própria.
Encarna todos os esquemas religiosos próprios dos fundamentalistas da fé. Enche a boca de dogmas e venera um líder. Se o líder espirra, ele aplaude; se chora, ele entristece; se muda de opinião, ele rapidinho analisa a conjuntura para tentar demonstrar que na atual correlação de forças...

O esquerdista adora as categorias acadêmicas da esquerda, mas iguala-se ao general Figueiredo num ponto: não suporta cheiro de povo.

Para ele, povo é aquele substantivo abstrato que só lhe parece concreto na hora de cabalar votos. Então o esquerdista se acerca dos pobres, não preocupado com a situação deles, e sim com um único intuito: angariar votos para si e/ou sua corriola. Passadas as eleições, adeus trouxas, e até o próximo pleito!

Como o esquerdista não tem princípios, apenas interesses, nada mais fácil do que endireitá-lo. Dê-lhe um bom emprego. Não pode ser trabalho, isso que obriga o comum dos mortais a ganhar o pão com sangue, suor e lágrimas. Tem que ser um desses empregos que pagam bom salário e concedem mais direitos que exige deveres. Sobretudo se for no poder público. Pode ser também na iniciativa privada. O importante é que o esquerdista se sinta aquinhoado com um significativo aumento de sua renda pessoal.

Isso acontece quando ele é eleito ou nomeado para uma função pública ou assume cargo de chefia numa empresa particular. Imediatamente abaixa a guarda. Nem faz autocrítica. Simplesmente o cheiro do dinheiro, combinado com a função de poder, produz a imbatível alquimia capaz de virar a cabeça do mais retórico dos revolucionários.

Bom salário, função de chefia, mordomias, eis os ingredientes para inebriar o esquerdista em seu itinerário rumo à direita envergonhada - a que age como tal mas não se assume. Logo, o esquerdista muda de amizades e caprichos. Troca a cachaça pelo vinho importado, a cerveja pelo uísque escocês, o apartamento pelo condomínio fechado, as rodas de bar pelas recepções e festas suntuosas.
Se um companheiro dos velhos tempos o procura, ele despista, desconversa, delega o caso à secretária, e à boca pequena se queixa do "chato". Agora todos os seus passos são movidos, com precisão cirúrgica, rumo à escalada do poder. Adora conviver com gente importante, empresários, ricaços, latifundiários. Delicia-se com seus agrados e presentes. Sua maior desgraça seria voltar ao que era, desprovido de afagos e salamaleques, cidadão comum em luta pela sobrevivência.

Adeus ideais, utopias, sonhos! Viva o pragmatismo, a política de resultados,a cooptação, as maracutaias operadas com esperteza (embora ocorram acidentes de percurso. Neste caso, o esquerdista conta com o pronto socorro de seus pares: o silêncio obsequioso, o faz de conta de que nada houve, hoje foi você, amanhã pode ser eu...).

Lembrei-me dessa caracterização porque, dias atrás, encontrei num evento um antigo companheiro de movimentos populares, cúmplice na luta contra a ditadura. Perguntou se eu ainda mexia com essa "gente da periferia". E pontificou: "Que burrice a sua largar o governo. Lá você poderia fazer muito mais por esse povo."

Tive vontade de rir diante daquele companheiro que, outrora, faria um Che Guevara sentir-se um pequeno-burguês, tamanho o seu aguerrido fervor revolucionário. Contive-me, para não ser indelicado com aquela figura ridícula, cabelos engomados, trajes finos, sapatos de calçar anjos. Apenas respondi: "Tornei-me reacionário, fiel aos meus antigos princípios. E prefiro correr o risco de errar com os pobres do que ter a pretensão de acertar sem eles".
Frei Betto

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Impeça os choques das civilizações"

Post by Selma Singulano


"Dizem que a humanidade esta sofrendo um crescente “choque de civilizações” entre o Islã e o Ocidente. Mas o choque não é cultural e sim político e juntos podemos impedir que ele aconteça.

Mas por onde começamos? O maior símbolo desse choque é o conflito Israelense-Palestino e ele já está durando tempo demais: é hora de tomarmos uma iniciativa."

Participem...conheçam...
http://www.avaaz.org/po/index.php

att...

terça-feira, 14 de julho de 2009

O que é evolução?

post by Melissa


Uma casa simples, e uma bicicleta ou meio de transporte coletivo tem exatamente a mesma função de uma mansão e um carro importado, mas é o capitalismo que faz estes parecerem melhores q aqueles. Se o que eu preciso é de um abrigo e um meio de me locomover, pouca coisa me basta, mas o capitalismo me bombardeia o tempo todo dizendo que eu preciso chegar "lá" e que chegar "lá" é sinônimo de mostrar que eu cheguei, e pra mostrar eu preciso ter cada vez mais tranqueiras que fazem exatamente a mesma coisa do que o que eu já tenho, mas me dão a idéia de evolução, de avanço, de melhoria. Muitas tecnologias são criadas não para o avanço da humanidade em geral e sim de forma a submetê-la ao lucro através da potencialização do consumo. O ser humano como valor em si não importa e sim o valor (dinheiro) que ele tem para adquirir aquilo que tem valor (na lógica capitalista.
Minha idéia de evolução tem a ver com a capacidade de pensar de forma cooperativa, com a capacidade de pensar com o outro e não contra o outro, tem a ver com pensar em possibilidades de bem-estar para o máximo de pessoas possíveis, em reduzir ao máximo os impactos ambientais e e nada disso tem a ver com o capitalismo porque toda a base dele é a competição, o lucro, o individualismo e o egoísmo. Eu acho q podemos viver de uma maneira mais cooperativa, e vcs?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Atualize-se...veja as notícias por outro ponto de vista!

Post by Selma Singulano

olá galera...
Então,estou postando aqui o link de organização não-governamental...
http://www.avaaz.org/
Avaaz.org é uma nova rede de mobilização global com uma simples missão democrática: acabar com a brecha entre o mundo que nos temos, e o mundo que queremos.
Conheçam...
Abraços.

Em defesa de moradia, militantes do MTST se acorrentam em frente à casa do presidente Lula

Post by Selma Singulano

Um grupo de cerca de 500 militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realiza, nesta quarta-feira (08/07), uma manifestação em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Durante o ato, que conta com acampados de várias cidades do Estado, cinco participantes acorrentaram-se para protestar contra a “ausência e descaso do Governo Federal nas políticas para movimentos sociais, bem como a ineficiência do programa “Minha Casa, Minha Vida”’, conforme nota divulgada à imprensa. Os acorrentados e cerca de 100 manifestantes permanecerão acampadas no local até serem atendidos. No documento, o movimento faz as seguintes reivindicações ao Governo Federal.


– Desapropriação de terrenos ocupados pelo MTST. Em especial o terreno da ocupação Zumbi dos Palmares em Sumaré, que está ameaçado de despejo.

– Regularização fundiária do assentamento Anita Garibaldi para mais de 2000 mil famílias

–Agilidade burocrática para as famílias do Acampamento Carlos Lamarca, a mais de 5 anos esperando resposta do governo.

– Participação ativa do Governo Federal nas negociações do MTST em todas as regiões e Estados onde o MTST está presente


O movimento também assina uma carta, endereçada ao presidente Lula, na qual exigem políticas públicas de moradia e protestam contra os despejo".







CARTA AO PRESIDENTE LULA


Estamos aqui porque não temos casa para morar. Representamos milhares de famílias que estão em luta por uma moradia digna. Muitos de nós estão ameaçados de despejo, outros esperam há anos a construção de casas que foram prometidas. Temos participado de negociações e mais negociações, sem que haja solução para nosso problema.



Quando foi lançado o Programa “Minha Casa, Minha Vida” pensamos que seria enfim a oportunidade de conseguirmos nossas casas. Mas o que temos visto nos desanima. As construtoras, que tanto já ganharam em cima de nosso suor, só têm apresentado projetos para pessoas de renda média e alta. As 400 mil casas que foram prometidas para as famílias que, como nós, recebem menos de 3 salários mínimos, representam apenas 6% do déficit habitacional nessa faixa. Sem contar que já há mais de 2 milhões de cadastrados no país; e isto apenas considerando os municípios que abriram inscrição. Assim, vemos nosso sonho cada vez mais distante. E, o que é pior, despejos cada vez mais próximos.


Representamos 1.400 famílias da Comunidade Zumbi dos Palmares, em Sumaré, que estão com o despejo marcado para daqui a poucas semanas, sem que o poder público ofereça qualquer alternativa. Representamos 2.000 famílias da Comunidade Anita Garibaldi, em Guarulhos, que convivem com o fantasma do despejo e não encontram perspectiva para regularização do assentamento. Representamos 160 famílias da Comunidade Carlos Lamarca, em Osasco, que há sete anos esperam suas casas, sendo jogadas de um canto a outro como animais. Representamos ainda milhares de famílias das Comunidades João Cândido, Chico Mendes e Silvério de Jesus, espalhadas por Taboão, Itapecerica da Serra, Embu e Zona Sul de São Paulo, que há vários anos esperam o cumprimento de acordos firmados para terem acesso a suas casas. E estes não são todos os casos. Nossos irmãos de Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Belém (PA), dentre outros, têm convivido com o descaso dos despejo.



Já estivemos ao longo destes anos inúmeras vezes na Caixa Econômica Federal e no Ministério das Cidades, além de Governos Estaduais e Prefeituras. Nada se resolveu. O que temos recebido de mais concreto são despejos. Por isso, hoje estamos aqui, acorrentados, num pedido ao Presidente Lula para que resolva essa situação, para que nos ajude a evitar os despejos e conseguir nossas casas.










MORADIA SIM, DESPEJO NÃO!









São Bernardo do Campo, 8 de julho de 2009

O que espera da CUT?

Post by Selma Singulano

"Nestes tempos de crise e de intensa disputa política, algumas ações recentes do movimento sindical cutista ganham relevância. Nossa conduta tem se pautado sempre por princípios históricos que deram origem à Central Única dos Trabalhadores, mas é exatamente nos momentos de maior dificuldade que nosso papel é mais cobrado e, se respondemos à altura de nossas responsabilidades, é quando mais destaque tem.



No final do ano passado, quando não havia mais nenhuma dúvida de que a crise chegaria com intensidade ao Brasil, a CUT desempenhou com bravura sua tarefa de defender os interesses e os direitos da classe trabalhadora. O primeiro passo foi produzir uma plataforma de propostas, intitulada “Os Trabalhadores e Trabalhadoras não Pagarão Pela Crise”, que tem guiado nossas ações. Essas propostas foram levadas ao governo federal e ao Congresso, numa mobilização que reuniu mais de 35 mil trabalhadores em passeata por Brasília, na companhia das outras centrais, em dezembro.


No início de janeiro, a CUT se opôs de forma enérgica a uma proposta da Fiesp, endossada por parte do movimento sindical não-cutista e docemente embalada pela grande mídia, de cortar salários dos trabalhadores de todos os setores, de forma indiscriminada, com o argumento chantagista de que, se assim não fosse, a outra saída seria demissões em massa – 3 milhões de brasileiros nos quinze dias que se seguiriam, segundo os mentores do tal acordo.


Nossa oposição implodiu a proposta patronal. Começamos então uma ofensiva, em todas as regiões do país através de nossos sindicatos, para denunciar que a imensa maioria das empresas e todos os setores haviam acumulado excedente de capital nos anos de crescimento econômico e que, portanto, deveriam usar essa gordura para achar outras alternativas às demissões. Essa ofensiva incluiu centenas de paralisações e greves por todo o país, em empresas pequenas e em multinacionais, grandes mobilizações de rua e intensa panfletagem. Conseguimos barrar muitas demissões.


Embalados por essa mobilização de base, trabalhamos intensamente para cobrar governo e empresários a adotar medidas que protegessem os empregos e os salários, sabidamente as maiores armas para o fortalecimento do mercado interno e a consequente superação da crise.

Algumas dessas propostas, já adotadas, mostram resultados. Uma delas, é a de que todo o incentivo fiscal ou investimento público só sejam




realizados mediante exigência explícita de manutenção do nível de emprego nas empresas ou setores beneficiados. No setor automotivo, submetido a essa exigência, estamos observando contratações e recordes de venda. A mesma exigência foi estendida às fabricantes de motocicletas. Estamos cobrando que essa medida, que batizamos de contrapartidas sociais, sejam estendidas a todo o investimento produtivo com recursos públicos.
Nossa postura em defesa da Petrobras e de uma nova lei do petróleo, que acabe com os leilões das jazidas, que garanta a soberania nacional sobre a camada pré-sal e que destine os recursos que dela vão se originar para políticas públicas que eliminem a dívida social do país, é outro exemplo recente de nossa luta.


Nós, nossa FUP (Federação Única dos Petroleiros) e diversas entidades filiadas puxamos uma primeira grande mobilização, nas ruas do Rio de Janeiro no dia 21 de maio, que deu origem a outras 16, em grandes capitais. Um dos aspectos mais impressionantes dessa luta é a unidade com os movimentos sociais e com as principais centrais, algo que se repete nas campanhas pela reestatização da Embraer e da Vale.


Em meio à crise, em consonância com o que já vínhamos fazendo antes, pressionamos o governo a manter o compromisso de reajustes e de reestruturações de carreira dos servidores federais, contra todas as pressões de setores conservadores e de setores do próprio governo.


Podem estar certos de que a CUT estará sempre pronta a ir às ruas, junto com os movimentos sociais, e a também ter a maturidade de saber encaminhar proposições e negociar. É essa CUT que sairá, ainda mais fortalecida na disputa pela hegemonia, do nosso 10º Congresso Nacional, que acontece de 3 a 7 de agosto, em São Paulo, com a presença de quase três mil delegados. Lá, nosso principal desafio será consolidar nossa estratégia para, nos próximos anos, construir o cenário pós-crise, em que novos instrumentos e políticas enterrem definitivamente os resquícios neoliberais não só no Brasil mas, com a unidade das esquerdas, também em nosso continente".


Artur Henrique é presidente nacional da CUT

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vídeo: História das Coisas

Post by Daniela Alves

Pessoal, estou postando em nome da prof. Daniela, assistam a esse vídeo. Está dividido em 3 partes mostradas abaixo.
Abraços.