Reitores e representantes de universidades  mineiras debateram com o  ministro da Educação, Fernando Haddad, essa  semana, a proposta de  criação de um consórcio de instituições federais  de educação superior. O  encontro reuniu reitores e representantes das  universidades federais de  Alfenas - UNIFAL, Itajubá - UNIFEI, Juiz de  Fora - UFJF, Lavras - UFLA,  São João del-Rei - UFSJ, Ouro Preto – UFOP e  Viçosa - UFV, todas  localizadas na região sudeste de Minas Gerais.
Na proposta em debate, essas instituições  manteriam sua autonomia,  mas formulariam um Plano de Desenvolvimento  Institucional (PDI) comum às  sete IFES, conforme o PDI de cada uma. O  possível consórcio entre as  instituições mineiras permitiria a  integração nos campos do ensino,  geração de conhecimento, inovação,  extensão e na transferência de  tecnologias, contribuindo ainda  mais para o desenvolvimento regional e  do país. Esse consórcio  possibilitaria, também, a criação de formas mais  eficientes e eficazes  para a utilização de recursos; parcerias para o  desenvolvimento e troca  de tecnologias e atuação em áreas estratégicas.
Parceria do  “ganha-ganha”
O reitor da UFLA, prof. Antônio Nazareno  Guimarães Mendes, que  preside o FORIPES – Fórum de Dirigentes das  Instituições Públicas de  Ensino Superior de Minas Gerais (12 federais e  2 estaduais), reuniu-se,  ainda, com o ministro Fernando Haddad, o  secretário executivo do MEC,  Henrique Paim, a secretária da SESu, Maria  Paula Dallari e o presidente  da Capes, Jorge Guimarães, para discutir a  proposta.  Na ocasião, foram  discutidas a localização geográfica, a  qualidade, a complementaridade de  ações das universidades e o potencial  de criação do consórcio ainda em  2010. O reitor Nazareno apresentou os  quantitativos das sete IFES em  recursos humanos (docentes e técnicos  administrativos altamente  qualificados), cursos de graduação e de  pós-graduação e localização dos  campi para o ensino presencial e na  modalidade a distância.
De acordo com o reitor, universidades em  países da Europa e mesmo  nos EUA já experimentam este modelo de  consórcio há anos, com destaque  nos rankings internacionais. A  expectativa é que o Consórcio de  Universidades Mineiras passe a figurar  neste ranking, a médio prazo,  pois “somente as três universidades  estaduais paulistas – USP, UNESP e  UNICAMP – e outras três federais –  UFMG, UFRJ e UFRGS - são citadas  entre as 500 melhores do mundo. A  sinergia resultante deste Consórcio  possibilitará que nossas IFES  tenham escala, o que hoje somente é  alcançado pelas grandes  universidades como as citadas acima. Estamos  confiantes no sucesso  desta iniciativa”, diz ele.
“Poderemos otimizar recursos humanos,  físicos, financeiros e  materiais em programas de pesquisa e de  extensão, além de oferecer  cursos, disciplinas e formação na  pós-graduação em conjunto, se for o  caso. As sete universidades têm  perfis distintos quanto às áreas de  atuação em que detêm maior  competência instalada, sendo complementares.  Além do que, esse projeto  respeita as características e a autonomia de  cada universidade, razão  de confiarmos na apreciação favorável pelos  nossos Conselhos  Superiores, próximo passo a ser dado. Todos os  segmentos das  comunidades universitárias serão beneficiados (estudantes  de graduação e  pós), professores e técnicos administrativos. É uma  parceria do tipo  ganha-ganha, juntos seremos mais fortes para dar  respostas à sociedade,  pois o que pretendemos é que o todo seja maior  que a soma das partes”,  diz o prof. Nazareno.
Números das universidades
Em conjunto, essas  instituições possuem campus em 17 municípios e  atendem pólos de  educação à distância em 55 cidades. Elas reúnem 3,5 mil  professores,  quatro mil técnicos administrativos, 41 mil estudantes de  graduação e  5,3 mil de pós-graduação. Além disso, oferecem 15,6 mil  vagas de  ingresso anual para 260 cursos presenciais de graduação e mais  111  cursos de mestrado e 59 de doutorado.
As universidades são ainda reconhecidas  pela qualidade dos cursos  de graduação e pós. Na graduação, todas  contam com índice geral de  cursos (IGC) entre quatro e cinco. A UFLA é a  primeira deste ranking. Na  pós-graduação, 15 programas têm nível  cinco; cinco têm nível seis e  dois nível sete, o mais alto.
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