quarta-feira, 4 de agosto de 2010

UFV e mais seis universidades de Minas estudam criação de "superuniversidade"

Reitores e representantes de universidades mineiras debateram com o ministro da Educação, Fernando Haddad, essa semana, a proposta de criação de um consórcio de instituições federais de educação superior. O encontro reuniu reitores e representantes das universidades federais de Alfenas - UNIFAL, Itajubá - UNIFEI, Juiz de Fora - UFJF, Lavras - UFLA, São João del-Rei - UFSJ, Ouro Preto – UFOP e Viçosa - UFV, todas localizadas na região sudeste de Minas Gerais.
Na proposta em debate, essas instituições manteriam sua autonomia, mas formulariam um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) comum às sete IFES, conforme o PDI de cada uma. O possível consórcio entre as instituições mineiras permitiria a integração nos campos do ensino, geração de conhecimento, inovação, extensão e na transferência de tecnologias, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento regional e do país. Esse consórcio possibilitaria, também, a criação de formas mais eficientes e eficazes para a utilização de recursos; parcerias para o desenvolvimento e troca de tecnologias e atuação em áreas estratégicas.
Parceria do “ganha-ganha”
O reitor da UFLA, prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes, que preside o FORIPES – Fórum de Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (12 federais e 2 estaduais), reuniu-se, ainda, com o ministro Fernando Haddad, o secretário executivo do MEC, Henrique Paim, a secretária da SESu, Maria Paula Dallari e o presidente da Capes, Jorge Guimarães, para discutir a proposta. Na ocasião, foram discutidas a localização geográfica, a qualidade, a complementaridade de ações das universidades e o potencial de criação do consórcio ainda em 2010. O reitor Nazareno apresentou os quantitativos das sete IFES em recursos humanos (docentes e técnicos administrativos altamente qualificados), cursos de graduação e de pós-graduação e localização dos campi para o ensino presencial e na modalidade a distância.
De acordo com o reitor, universidades em países da Europa e mesmo nos EUA já experimentam este modelo de consórcio há anos, com destaque nos rankings internacionais. A expectativa é que o Consórcio de Universidades Mineiras passe a figurar neste ranking, a médio prazo, pois “somente as três universidades estaduais paulistas – USP, UNESP e UNICAMP – e outras três federais – UFMG, UFRJ e UFRGS - são citadas entre as 500 melhores do mundo. A sinergia resultante deste Consórcio possibilitará que nossas IFES tenham escala, o que hoje somente é alcançado pelas grandes universidades como as citadas acima. Estamos confiantes no sucesso desta iniciativa”, diz ele.
“Poderemos otimizar recursos humanos, físicos, financeiros e materiais em programas de pesquisa e de extensão, além de oferecer cursos, disciplinas e formação na pós-graduação em conjunto, se for o caso. As sete universidades têm perfis distintos quanto às áreas de atuação em que detêm maior competência instalada, sendo complementares. Além do que, esse projeto respeita as características e a autonomia de cada universidade, razão de confiarmos na apreciação favorável pelos nossos Conselhos Superiores, próximo passo a ser dado. Todos os segmentos das comunidades universitárias serão beneficiados (estudantes de graduação e pós), professores e técnicos administrativos. É uma parceria do tipo ganha-ganha, juntos seremos mais fortes para dar respostas à sociedade, pois o que pretendemos é que o todo seja maior que a soma das partes”, diz o prof. Nazareno.

Números das universidades
Em conjunto, essas instituições possuem campus em 17 municípios e atendem pólos de educação à distância em 55 cidades. Elas reúnem 3,5 mil professores, quatro mil técnicos administrativos, 41 mil estudantes de graduação e 5,3 mil de pós-graduação. Além disso, oferecem 15,6 mil vagas de ingresso anual para 260 cursos presenciais de graduação e mais 111 cursos de mestrado e 59 de doutorado.
As universidades são ainda reconhecidas pela qualidade dos cursos de graduação e pós. Na graduação, todas contam com índice geral de cursos (IGC) entre quatro e cinco. A UFLA é a primeira deste ranking. Na pós-graduação, 15 programas têm nível cinco; cinco têm nível seis e dois nível sete, o mais alto.

MT

Um comentário:

  1. Eu já havia visto esse projeto no noticiário da TV Panorama... Talvez seja interessante, precisaríamos entender mais a fundo as possibilidades de funcionamento desse projeto. Me parece que essas universidades estão na corrida para "aparecerem" na listagem das 500 melhores do mundo, talvez fosse mais interessante focar na qualidade e deixar o ranking como consequência... No mais, vamos esperar para ver o que acontece.
    Valew MT.
    Beijos

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