quinta-feira, 25 de junho de 2009

ATENÇÃO: Poucas horas para o Veto do Lula

Post by Daniela Alves

Caros amigos,
O Presidente Lula tem só até esta quinta-feira para vetar partes da MP que irá privatizar a Amazônia. A pressão popular é fundamental nestes momentos decisivos até a MP ser assinada. Clique abaixo para enviar uma mensagem para o Lula, vamos mostrar pra ele que os brasileiros se importam com a Amazônia!
Mande uma mensagem pro Lula agora!
Nós só temos algumas horas para salvar milhões de hectares da Amazônia do desmatamento e destruição: está quinta-feira é o prazo final para o Presidente Lula decidir se vai vetar alguns pontos da Medida Provisória que irá privatizar partes da Amazônia pertencentes à União.
Duas semanas atrás a Avaaz enviou um alerta sobre a Medida Provisória (MP) 458 e mais de 14.000 pessoas congestionaram as linhas telefônicas do Gabinete Presidencial pedindo o veto das partes mais perigosas da MP. Dentro de 48 horas o Presidente declarou publicamente que iria vetar os pontos criticados pela campanha. Porém, desde então o Presidente tem sofrido uma forte pressão da bancada ruralista do governo, fazendo declarações preocupantes sobre o desenvolvimento da região Amazônica.
Nós temos algumas horas para persuadir o Presidente a manter a sua palavra. Neste momento crítico em que o Lula está decidindo o que vetar, a pressão popular poderá ter um papel decisivo para a proteção da Amazônia. Clique abaixo para enviar uma mensagem para o Lula AGORA, leva só dois minutos para registrar a sua participação:

http://www.avaaz.org/po/lula_prazo_final

A Medida Provisória 458 não é toda ruim, ela foi concebida para proteger pequenos agricultores que precisam do título legal das terras que ocupam. Porém, a MP foi manipulada pelos interesses do agronegócio, muitos dos quais são responsáveis pela ocupação violenta e ilegal de terras amazônicas. Se a MP for assinada na sua forma atual, os que mais tem serão os maiores beneficiários do programa do governo.
Nosso apelo para o Lula é:
1- Vetar a ocupação e exploração “indireta”, para que apenas as pessoas que moram nas terras tenham suas propriedades regulamentadas
2- Vetar regularização para empresas privadas, somente pessoas físicas devem ter direito à regularização
3- Proibir a comercialização das terras regularizadas por 10 anos, ao invés dos propostos 3 anos, evitando assim a especulação comercial das terras

Se milhares de pessoas enviarem uma mensagem, poderemos garantir a preservação de uma vasta área da floresta. Clique aqui para enviar uma mensagem para o Presidente Lula, usando a ferramenta do nosso site:
http://www.avaaz.org/po/lula_prazo_final

O destino da Amazônia será definido dramaticamente até o final desta semana. Certamente está não será a nossa batalha final para defender a Amazônia, mas é uma batalha importante. Vamos manter a pressão e mostrar para o Lula que os brasileiros se importam com a Amazônia!

Com esperança e convicção,
Alice, Graziela, Ben, Ricken, Luis, Paula, Pascal, Iain, Paul, Brett, Ben, Raj e toda a equipe Avaaz

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Entrevista com Immanuel Wallerstein

Post By Rafael Borges

Bom dia caros leitores,
Estou postando aquela entrevista sobre Immanuel Wallerstein, o cientista político que foi tema do Seminário de Ciências Sociais do meu grupo (Eu, Formiga, Piauí e Bruno). A entrevista está dividida em 3 partes, ok?
Um grande abraço a todos.

Entrevista Parte 1


Entrevista Parte 2


Entrevista Parte 3

terça-feira, 23 de junho de 2009

Fim do diploma para Jornalista STF atende ao pedido das grandes empresas

Post By Selma Singulano

Por Hamilton Octavio de Souza

O Supremo Tribunal Federal decidiu retirar da regulamentação da profissão de JORNALISTA a exigência de diploma específico de curso superior de JORNALISMO. Essa exigência existe desde a regulamentação de 1969. Passou a vigorar em 1971. Nunca foi limitação para a liberdade de expressão e nunca impediu ninguém de colaborar e participar das atividades jornalísticas e dos meios de comunicação. Os jornais e as revistas estão cheios de articulistas não-jornalistas. É só ver os colaboradores da página 2 da Folha de S. Paulo: Antonio Ermírio de Moraes, Delfim Netto, Emílio Odebrecht, Marina Silva, Cesar Maia etc...

A exigência tem servido para definir o perfil da categoria profissional, quem vive do trabalho jornalístico, quem tem no jornalismo a sua atividade principal, quem tem vínculo empregatício como jornalistas. Para essa categoria, a exigência do diploma foi uma conquista importante - na medida em que estabeleceu área específica de estudo, reflexão e pesquisa, aperfeiçoamento técnico e comprometimento ético e político. Contribuiu para elevar o nível intelectual e cultural da categoria - de maneira geral, apesar dos cursos ruins e picaretas (como em todas as áreas do ensino superior público e privado).

Há anos que as empresas jornalísticas fazem campanha contra a exigência do diploma, basicamente pelos seguintes motivos: 1) Ficam liberadas para contratar quem bem entenderem no grande exército de reserva (desemprego de mais de 30% entre os jovens de 18 e 25 anos); 2) Aumentam a pressão para rebaixar ainda mais os salários, sem o menor respeito aos pisos salariais conquistados pela categoria profissional; 3) Podem ampliar o esquema de super-exploração dos trabalhadores do jornalismo (sem vínculo, PJ, frila fixo, produção para vários veículos, não pagamento de direitos autorais etc), enfim, podem fazer no setor da comunicação o que fazem com a terceirização da mão de obra nos call center da vida; 4) Podem aumentar o controle ideológico de seus trabalhadores jornalistas sem conflitos éticos e compromissos sociais (os jornalistas, queiram ou não, têm uma noção mais próxima do jornalismo como serviço de interesse público - do que interesse privado dos grupos econômicos).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CRISE MUNDIAL

POST BY MELISSA

CRISE MUNDIAL

Natureza, Consequências e Saídas





Estamos diante de uma grave crise econômica, a pior dos últimos 80 anos. São intensas suas repercussões no Brasil, com demissões e desemprego crescentes. Ao contrário do que afirmam a mídia e os governos, as crises não são obra do acaso ou responsabilidade de apenas alguns investidores. Elas são consequências do próprio desenvolvimento do sistema capitalista. Depois de lucrar muito nos períodos de crescimento, as empresas querem, nos momentos de crise, que os trabalhadores paguem a conta, com desemprego e perda de direitos.

Nesse período, é fundamental que os setores organizados da sociedade, em todas as formas existentes, seja nas igrejas, nos sindicatos, nas escolas, universidades, na imprensa, movimentos sociais, nos partidos, entre outros, tomemos uma atitude. E a primeira atitude é debater a natureza e as saídas para a crise, do ponto de vista dos trabalhadores e da maioria. É urgente estimularmos todo tipo de debate, em todos os espaços.

A crise será longa e profunda. Precisamos envolver o maior número possível de militantes, homens e mulheres conscientes, para que debatam a situação e possamos construir coletivamente alternativas populares. E sem a mobilização e a luta social, não haverá saída para o povo. Somente para o capital. Até o momento, mais de 1 milhão de trabalhadores já foram demitidos na América Latina, podendo passar dos 3,5 milhões ainda em 2009.

Nesse sentido, convidamos a todos/as para discutir essas questões e debater a Crise Mundial em um Seminário que ocorrerá dia 25/06, quinta-feira, no auditório da Biblioteca Central da UFV, às 15h, com a participação do dirigente nacional da Via Campesina e do MST, João Pedro Stédile.





Por uma alternativa popular e

uma sociedade realmente

justa, livre e democrática!





Organização: Assembléia Popular, CA de Economia, ASAV, REPED, CA de Biologia, DCE, CA de Geografia, Movimento dos Estudantes de Humanas, Marcha Mundial das Mulheres, Pastoral da Juventude, CA de História, CA de Química, Pastoral da Juventude, FEAB, ABEEF, ITCP.

Apoio: Assessoria de Movimentos Sociais da UFV.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Vítimas produtoras da indiferença

Post by Selma Singulano


"A violência tem nos imposto decisões cruéis: estamos entre o medo e a necessidade de existir; entre a indignação e a indiferença no conviver. A causa maior da brutalidade dos atos, principalmente, entre e dos jovens tem raiz no fracassado processo educacional (e não digo apenas em relação às escolas) e no descaso das instituições e dos indivíduos do verdadeiro papel social e político aos quais todos, de maneira direta ou indiretamente, somos responsáveis.

De um lado, temos comunidades carentes de alimento, de cultura, de trabalho, de educação, de lazer, de amor e, de outro, uma sociedade insatisfeita, insegura, omissa, egoísta, que se julga vítima e acuada, sitiada em um mundo que se esgueira à margem da ebulição da “massa” que a qualquer momento parece explodir. Se as escolas públicas e seus professores e os pais se veem perdidos com o que fazer para “atrair” a atenção dos jovens, se sentem desestimulados em passar conceitos e valores que os tornarão homens de bem, nas escolas particulares esses parecem conseguir, até certo ponto, realizarem essa proeza com pertinaz eficácia.

Eficientemente?! Talvez. Afinal, há uma consciência quase que coletiva e porque não dizer histórica (faz parte do discurso das elites) da importância em se tornarem profissionais elitizados, todos querem ser sujeitos de sucesso (isso significa fama e dinheiro): médicos, advogados, fisioterapeutas, físicos, engenheiros, arquitetos, psicólogos, biólogos (nessas instituições particulares praticamente ninguém fala em ser professor!).

Isso é ótimo! (não o fato de não quererem ser professores!) Afinal, são as elites que tem acesso a um ensino de qualidade, podem competir entre si para conquistar as mais disputadas vagas, podem ocupar as mais desejadas cadeiras das universidades e, a partir de então, formados, e exercendo brilhantemente suas profissões, os médicos poderão atender nos grandes hospitais os feridos, vítimas da guerra urbana que atinge caoticamente por meio da violência os indivíduos de bem (ou não); os advogados estarão às portas das cadeias para tentar discriminar ora os bandidos impiedosos do tráfico e das ruas que acuam e assaltam e ferem e torturam e matam, ora os grandes chefões disfarçados de políticos que roubam e desviam e corrompem e exploram a população ignorante ou passiva; os engenheiros e arquitetos trabalharão para elaborar moradias que são verdadeiras fortalezas de proteção, refúgio seguro para seus filhos, sua família, para aqueles que podem pagar; os fisioterapeutas, os psicólogos terão muito trabalho perante uma sociedade doente, deprimida, amedrontada, muito pânico para ser superado; os biólogos e químicos trabalharão exaustivamente para produzir remédios cada vez mais eficazes para curar a alma e o corpo dos adoecidos; enfim, cada qual estará muito ocupado para olhar para as mazelas que envolvem a humanidade, para responsabilizar-se por quem e o que quer que seja. Isso tudo porque foram “treinados”, direcionados a introspectivamente observarem somente o mundo paralelo para o qual foram condicionados e que faz parte de sua realidade.

Infelizmente, na maioria das escolas particulares, os futuros homens aprendem a cuidar apenas daquilo que poderá causar ou gerar prazer, bem estar pessoal, conforto para si e para os seus. O resto, bem o resto, não é responsabilidade deles, são apenas culpados pela própria sorte.
Parece também não ser responsabilidade do professor (muitos nos demonstram isso) fazer com que essa cultura permaneça. Não parece ser da responsabilidade do professor contribuir para humanização de seus alunos, o que importa são os números, o bom professor é aquele que propicia a entrada nas faculdades e este tem sido seu maior desafio. Não importa se os futuros médicos se preocupem com os míseros adoentados que amontoados nos corredores agonizam a espera da sorte; que os futuros advogados não sejam ativistas que lutam, não para defender os grandes mandantes, mas para incriminá-los e exigir que exerçam com honestidade seus mandatos; que os arquitetos e engenheiros não busquem soluções para uma morada digna e uma vida saudável; e que os laboratórios por meio dos seus brilhantes químicos e biólogos não encontrem soluções para a cura de doenças e hábitos saudáveis de vida; e, que os psicólogos tratem apenas da alma daqueles que padecem transtornos e pagam caro por uma sessão.

Talvez, isso tudo seja consequência do simples fato de que o professor tenha deixado de ser o Mestre e de que o aluno deixou de ser Discípulo. O Mestre é aquele que ensina algo a mais do que conhecimento, ele é espelho, portanto, desperta o desejo em “tornar-se igual a”; já, o professor parece despertar pena, tão insignificante tornou sua presença na sala de aula, principalmente, com a chegada dos sites de busca que diferente do professor domina todas as matérias e tudo sabe, sempre tem não uma, mas muitas respostas e com uma rapidez impressionante!

É preciso que as universidades formem Mestres e que estes sejam preparados para falar, discutir, apontar, orientar e aconselhar sobre questões que envolvem o valor da vida, o respeito ao próximo, a preocupação com o outro...que as matérias mais discutidas sejam as causas dos problemas, a falta de solidariedade, o desamor, o mal... e, que num futuro próximo, o grande problema a ser resolvido seja o excesso de amor e não a indiferença a ele."

Maria Ilza Zirondi

Professora e Doutoranda em Estudo da Linguagem

quarta-feira, 17 de junho de 2009

GOVERNO ABANDONOU A REFORMA AGRÁRIA?

Post by Selma Singulano

Integrante da coordenação do MST, Charles Trocate fala da prioridade que o governo federal dá ao agronegócio e da situação fundiária no Pará.

"O governo Lula optou pelo agronegócio em detrimento da reforma agrária. A avaliação é de Charles Trocate, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que acredita que a política de distribuição de terra vive uma encruzilhada no Brasil. “Eles fizeram uma opção pela ampliação do capital na agricultura, querendo extrair uma nova renda da terra, e impedindo que se crie um ambiente favorável para a existência dos movimentos”, denuncia, em entrevista à Caros Amigos.

Trocate afirma que os primeiros quatro anos do governo Lula foram medíocres: “Houve uma briga de estatísticas, mas, no final, eles não assentaram mais do que 65 mil famílias”. No segundo mandato, para justificar os parcos números, priorizou-se o discurso de se fazer a reforma agrária de qualidade, ou seja, com melhores condições nos assentamentos. No entanto, a realidade é outra. “Não se enfrenta o latifúndio e nem se tem dado a infra-estrutura fundamental, essencial para os assentamentos que já existem”, lamenta o dirigente do MST.

No Pará, estado onde vive, a situação é uma das piores do Brasil. Nos seis anos do governo Lula, nenhuma área ocupada pelo movimento foi desapropriada. Ao mesmo tempo, a organização denuncia um processo de reconcentração fundiária no estado, encabeçado pelo banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, que nos últimos anos comprou 52 fazendas em 11 municípios do estado. Entre elas, a fazenda Espírito Santo, ocupada pelos sem-terra, que alegam ser área pública, comprada de forma ilegal. Em abril, o local foi palco, segundo o MST, de uma tentativa de massacre, pintado como “confronto” pela grande mídia. “Confronto” que deixou oito feridos: um segurança privado e sete camponeses."

Leiam a revista Caros Amigos

domingo, 14 de junho de 2009

Projeto de lei

post by Melissa

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em Escolas públicas. Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque.
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As conseqüências seriam as melhores possíveis.. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil. Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Tropa de choque na reitoria da USP

Post by Melissa

Prezados colegas, amigos e alunos,

Estou estarrecido. Nunca pensei que ia viver isso na na nossa
universidade. Uma indignação enorme me fez deixar a assembléia de
professores no prédio da História e descer correndo para a reitoria. A
informação que tinha chegado à nós era de que o batalhão de choque
estava soltando bombas sobre os estudantes e funcionários na reitoria.
De alguma maneira, como professor, imaginei ter - junto com outros
colegas - a força necessária para arrefecer o conflito. Era preciso
evitar o pior, evitar que algum estudante se machucasse. Tínhamos
visto nos jornais no dia anterior, policiais com metralhadoras.

Chegando mais perto, uma fumaça enorme, estudantes correndo, e um
clima bastante ameaçador. Um aluno passou por nós dizendo que não
devíamos ficar ali. Retruquei: Não. Vamos ficar aqui.

Descemos mais um pouco e uma tropa de choque, cacetetes, bombas, spray
de pimenta, marchou em nossa direção.
Subimos a calçada, que passem ! Tratava de saber o que de fato
ocorria, procurar responsáveis, tentar negociar, verificar se alguém
estava ferido. Mais perto, um policial do batalhão - uns quinze -
mandou a gente se afastar. Dissemos que éramos professores. Se
afastem! gritaram. Somos professores! Eles jogaram spray de pimenta na
nossa direção. O Thomás que estava um pouco mais a frente, de
carteirinha na mão, recebeu o spray nos olhos. Saímos correndo. Uma
bomba de gás caiu a um metro dos meus pés. Parei um pouco e olhei na
direção dos policiais com toda a raiva que já pude sentir.

Um policial com uma bomba na mão olhou pra mim. Senti que iríamos
receber mais um presente da corporação. Estupei o peito e falei
gritando: Você vai jogar na gente? Somos professores! Você vai jogar?
O absurdo era tanto que fui mais absurdo ainda. Como eu podia fazer um
negócio desses? Mas fiz.

Não dava mais para ficar lá. Chamei a Vivian Urquidi e o Jorge Machado
para subir novamente até à História. O Thomás já tinha saído porque
mal conseguia abrir os olhos. Meus olhos também ardiam muito.

Eu só gostaria de saber: o que um professor de carteirinha na mão, um
outro com mochila nas costas, pasta em uma mão e blusa na outra, outra
professora com uma flor na mão representam de perigo ao patrimônio da
USP? Gostaria de saber até onde a tese de preservação do patrimôniose
sustenta? Que espécie de comunicação e negociação é essa, que coloca
policiais cegos a serviço da Reitoria? Para onde fomos? Para onde foi
a experiência de 75 anos em produzir saber?

Saudações acadêmicas.

Rogério Monteiro de Siqueira

Professor Doutor EACH-USP
História e Geometria

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sexta-feira passada a repressão no Peru massacrou mais de 60 indígenas

Post By Daniela Alves

Organizações indígenas de seis países acusam o presidente do Peru por massacre e genocídio. Índios organizados da Bolívia, Peru, Equador, Chile, Colômbia e Argentina anunciaram ontem que farão todos os esforços para levar o presidente Alan Garcia perante um tribunal internacional, pelo massacre perpetrado sexta-feira passada contra os povos da Amazônia (fotos acima).

“Colocar em juízo internacional a Alan Garcia Pérez e seu governo, pelo seu entreguismo e repressão” é a principal demanda da Coordenação Andina das Organizações Indígenas, que representa os autóctones dos seis países sul-americanos, depois de conhecer os primeiros informes do massacre nas selvas peruanas, na região de Corral Quemado e Curva do Diabo.

Para essas organizações, Alan Garcia é sinônimo de neoliberalismo genocida. “O antiperuano, antilatinoamericano, antihumano é o neoliberalismo, é o neocolonialismo, é o imperialismo e portanto é o capitalismo” - disse o presidente da Bolívia, Evo Morales, quando se confrontou verbalmente com Garcia, recentemente.

As informações desde o local da chacina – Amazônia peruana – patrocinada pelo governo aprista de Garcia contabilizam mais de 60 mortos e centenas de feridos pela violência do Estado.

A crise eclodiu há cerca de dois meses, quando o movimento indígena convocou mobilização nacional, que vem bloqueando intermitentemente estradas, aeroportos e ameaçando cortar dutos de gás e petróleo.

O objetivo dos protestos é a revogação de um conjunto de decretos de maio de 2008, estabelecidos para facilitar investimentos e exploração de recursos naturais na selva, que inclui a privatização da água no Peru e exploração de gás natural e petróleo. Em agosto passado, protestos indígenas pressionaram o Congresso, que invalidou um deles.

O jornal Folha de S. Paulo, que não é propriamente um veículo de esquerda, informa que o presidente Garcia está classificando os protestos na Amazônia como uma "conspiração" contra o seu governo, fazendo-se de vítima. A Folha informa, assim: “O presidente peruano, Alan García, qualificou ontem de 'agressão subversiva contra a democracia' os confrontos entre os indígenas e a polícia, que acontecem desde sexta-feira nas cercanias da cidade de Bagua, a 710 km de Lima. Pelo menos 60 pessoas morreram. O direitista García [palavras da Folha], cujo governo tem apenas 30% de aprovação, afirmou que é preciso responder ao movimento com 'serenidade e firmeza'".

“Serenidade, firmeza” e matança de cidadãos que protestam para impedir que o Peru seja novamente colonizado por interesses puramente econômicos que ignoram a dramática e desigual realidade social do País.

As fotografias são do movimento Catapa, uma organização belga que tem laços orgânicos com os trabalhadores em mineração na América do Sul e Europa.

FONTE: Diário Gauche - http://diariogauche.blogspot.com/2009/06/organizacoes-indigenas-querem-levar.html

sábado, 6 de junho de 2009

Apoio aos servidores terceirizados da UFV

Post by Melissa

Na última sexta, dia 05/06, os servidores terceirizados da UFV, com a falta de representãção sindical, amparados pela ASAV - associação de servidores administrativos da UFV - tiveram uma reunião com o reitor Luis Claudio, na qual denunciaram a lamentável situação que vem enfrentando no trabalho, como o atraso do recebimento de salário(que é menor que o mínimo), o trabalho precarizado nas instituições, entre outras. O reitor, diante do problema exposto, os aconselhou a pedir demissão, mostrando seu real interesse nessa parcela da classe trabalhadora da Universidade.
A situação se torna mais complicada pelo fato de muitos deles, com medo de ir para as ruas, ainda preferir não comentar a respeito e continuar se submetendo à essa triste realidade.
A hora é de nós, enquanto estudantes e futuros cientistas sociais, nos mobilizarmos e darmos noosso apoio para essa luta.

“Ou os Estudantes se Identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam, e dessa forma se aliam àqueles que exploram o povo”.
Florestan Fernandes

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Constrindo um mundo melhor

Post by Melissa

Aí vai um texto para se refletir escrito por Heitor Reis:


Seguem algumas sugestões para aqueles que já chegaram a conclusão que devemos lutar mais objetivamente para construir um mundo melhor. São medidas básicas que podem ser incorporadas ao seu próprio estilo de vida individual, dando sua contribuição para um resultado coletivo menos traumático e mais seguro. Espero que sejam complementadas colaborativamente e possam contribuir realmente para o processo de mudança.

(1) Reduzir gradualmente seu padrão de vida, ficando o menos dependente possível da sociedade de consumo.

(2) Reduzir sua exposição à propaganda que visa induzir ao consumo de quinquilharias das quais a humanidade jamais necessitou.

(3) Reduzir o tempo que se dedica ao trabalho, permitindo que outros possam desfrutar das vagas decorrentes. É muito comum as pessoas se arrependerem de não terem se dedicado mais à criação de seus filhos e ao relacionamento com seu cônjuge, contribuindo para o enfraquecimento do relacionamento ou, até mesmo, para a separação familiar. A família também vai se tornando mercadoria descartável e facilmente substituível.

(4) Dirigir sua atividade produtiva para uma cooperativa, economia solidária ou atividade familiar.

(5) Reduzir o número de filhos, utilizando da lei da oferta e procura para provocar o aumento dos salários pelo menor número de trabalhadores procurando emprego. Avaliar a possibilidade de adoção de uma criança, visando também reduzir o excesso populacional.

(6) Avaliar a possibilidade de não viver em grandes centros, onde o ritmo de vida, a poluição e a violência são maiores. A vida no interior é menos capitalista e o relacionamento entre as pessoas ainda não se tornou mercadoria e a qualidade de vida é maior.

(7) Não confiar no sistema de ensino! Ele visa reproduzir uma visão de mundo que somente interessa ao poder econômico que privatizou o Estado e lucra com a modelação de nossas mentes numa matriz do pensamento único (Ver "Matrix", o filme). Experimente complementar ou substituir o ensino escolar pelo ensino doméstico, dando aos seus filhos a oportunidade de viver fora do sistema ("stablishment"). Tal prática fortalece os laços familiares. [ http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_doméstico ]

(8) Não votar em candidato que tenha dinheiro para campanha. Certamente ele está sendo financiado pelos capitalistas, já que trabalhador não tem como fazê-lo. Eleito, vai trabalhar para seu patrão, enganando os eleitores que confiaram em sua propaganda enganosa. Compare a alternativa de votar no menos pior com a possibilidade de votar nulo.

(9) Inverter o comportamento vigente. Tratar bem todas as pessoas, independentemente de sua posição social, sua forma de vestir, de sua raça ou de sua forma de falar. Se possível, trate melhor os desprezados e excluídos. Não valorize pessoas que ostentem suas posses ou estética corporal como forma de se mostrar superior ou de obter felicidade.

(10) Cuidado com as religiões, especialmente aquelas que cultuam o materialismo religioso, como ocorre no cristianismo de mercado, onde se esqueceram que Jesus, como Marx, tem por doutrina a divisão da riqueza entre todos. [ Socialismo, uma utopia cristã: http://www.midiaindependente.org/pt/red/2004/02/273940.shtml ]

(11) Revisar seus conceitos! Por exemplo:
Não existe democracia popular. Toda democracia, por definição é popular!
Não existe democracia burguesa. Toda democracia é governo do povo! Se a burguesia governa é uma burgocracia. O governo dos ricos é uma plutocracia. O dos ladrões, cleptocracia. O das corporações, corporocracia.
Não existe democracia participativa! Toda democracia é participativa. Se o povo não participa do governo de seu país, não é democracia.
Não existe democracia representantiva em que os representados não se sentem contemplados com a ação de seus "legítimos" representantes, financiados pelos ricos, tornando-se estes realmente legítimos representantes apenas dos poderosos.

(12) Participar de organizações e atividades que tenham por objetivo melhorar a qualidade de vida da população mais carente, especialmente aquelas que visam organizá-la para que defendam os direitos diariamente desrespeitados pelos donos do Estado.

(13) Aprimorar estas propostas e descobrir outras formas de contribuir para acelerar o processo de mudança, inclui-la aqui, enviando ao autor e divulgando para seus contatos


Heitor Reis é um subversivo e um indivíduo perigoso do ponto de vista dos milicos e de Gilmar Mendes. Engenheiro civil, militante do movimento pela democratização da comunicação e em defesa dos Direitos Humanos, membro do Conselho Consultor da CMQV - Câmara Multidisciplinar de Qualidade de Vida (www.cmqv.org) e articulista.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Filme: O Ponto de Mutaçao

Post By Rafael Borges

Abaixo o link para download do filme O Ponto de Mutaçao que foi passado pela Prof. Daniela na ultima sexta, quem nao assistiu pode agora fazero download do arquivo que esta em formado RMVB, tem 368 MB e esta hospedado no MegaUpload.

Clique aqui para fazer o download

Filme: A Missão

Post By Rafael Borges

Bom dia camaradas,
Muitos dias se passaram desde o ultimo post, isso se deve pela devida falta de interesse de uma parte dos nossos futuros "Cientistas Sociais?", porem, continuaremos firmes e fortes com o nosso Blog. Sintam-se a vontate para fazer pedidos de filmes, documentários ou qualquer outro conteúdo, tentaremos atender.
Hoje, estou postando o link para download do filme A Missão que o professor Douglas passou na aula de antropologia para que os que não assistiram tenham a chance de assistir, vale a pena. Breve postaremos O Ponto de Mutação.
O arquivo tem 417 MB, está em formato RMVB e foi hospedado no Megaupload, se alguém tiver qualquer dificuldade em baixá-lo pode me contatar por e-mail: sirhowlett@gmail.com
Abaixo segue a Sinopse e o link para download.

Sinopse: Composto de astros do porte de Robert De Niro, Jeremy Iron e Liam Neeson, A Missão retrata a guerra estabelecida por portugueses e espanhóis contra jesuítas idealistas que catequisavam os índios nos Sete Povos das Missões, na América do Sul no século XVIII. De Niro faz um violento mercador de escravos indígenas, que arrependido pelo assassinato de seu irmão, realiza uma auto-penitência e acaba se convertendo em missionário jesuíta. Ele ajuda o líder dos catequisadores, Gabriel (Jeremy Irons) a criar um novo mundo em Sete Povos das Missões, mas os portugueses e espanhóis têm outros planos para aquele lugar. Quando Gabriel se recusa a deixar o que construiu, o exército é mandado para tirá-los de lá a força. Um filme empolgante, vencedor da Palma de Ouro em Cannes e que se notabiliza também pela trilha sonora épica de Ennio Morricone.

Clique aqui para fazer o download